[RESENHA] Taint - S. L. Jennings / Editora Charme
Taint - Prazer, me chamo Justice Drake.
Sinopse: Nesse exato momento, vocês provavelmente estão se perguntando duas coisas: Quem sou eu? E o que estão fazendo aqui? Vamos começar com a pergunta mais óbvia, ok? As senhoras estão aqui porque não são boas de cama. Não fiquem chocadas. Sexo não é mais tabu para ninguém com menos de oitenta anos. É melhor se acostumarem, porque, nas próximas seis semanas, vocês ouvirão tudo sobre sexo. Se vocês se matricularam nesse curso, é porque estão totalmente cientes de que precisam de ajuda profissional para aprenderem a viver uma vida sexual plena. Precisam soltar sua libido, permitindo-se sonhar e simplesmente deixar seus corpos e hormônios assumirem o controle. Parabéns! Admitir é meio caminho andado. As que foram enviadas para cá pelo marido ou companheiro sequem as lágrimas e superem. Vocês aprenderão a fazer sexo. E quem sou eu? Bem, durante esse tempo, serei seu amante, professor, melhor amigo e pior inimigo. Sou aquele que vai salvar seu relacionamento e sua vida sexual. Prazer, me chamo Justice Drake. E transformo adoráveis donas de casa em mulheres selvagens na cama. Agora... quem é a primeira?
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“A vida é apenas uma série de escolhas. Nós tentamos sempre fazer as melhores, mas na verdade nós estamos apenas se contentando com o menor de dois males. Ou pelo menos tentando.”
TAINT
superou todas as minhas expectativas. Não consigo dizer outra coisa a não ser
que amei. A trama me envolveu, arrebatou e me deixou completamente hipnotizada.
Eu torci, vibrei, me emocionei e sorri feito boba, além claro de ficar chocada
com tanta ousadia, mas no final a sensação de satisfação foi imensa. A forma
como a autora pegou dois diamantes brutos, lapidou e transformou em lindas
pedras preciosas é sensacional. E eu adorei acompanhar todo este processo.
A premissa da história
me fascinou completamente, temos como cenário uma espécie de Escola de luxo
para senhoras adultas, um spar para a
alta sociedade, ou melhor, um local secreto para onde maridos milionários,
figurões da política e músicos, - muitas vezes boçais sem nenhum caráter ou
vergonha na cara, que usam a fragilidade e as inseguranças de suas parceiras
para justificarem suas escapadas fora do casamento -, enviam suas esposas, donas de casa e boas
mulheres a aprenderem a arte da sedução. Aprenderem a serem boas de cama. Mas é
ai que a autora surpreende, o livro deixa de ser apenas algo focado no sexo e
passa a abranger a autoestima, autoconfiança, amor próprio e respeito.
“Vocês estão aqui porque vocês sabem que estão prestes a perder a única coisa que vocês trabalharam os seus lindos traseiros para conseguir - o homem de vocês. Vocês amam o estilo de vida que vocês vivem e em vez de lamber suas feridas e seguirem em frente, vocês preferiram corrigir os seus casamentos quebrados. E eu estou aqui para ajuda-las...”
Justice Drake é o dono
do Oasis, - o centro de ensinamentos da arte da sedução, que abre a suas portas
quatro vezes ao ano para atenderem essas senhoras casadas -, e também o homem por
trás de todo o ensinamento. Solitário, mandão, sarcástico, direto e em muitos
momentos grosseiro, ele não mede esforços, ou segura a língua na hora de falar
o que pensa e o que acredita. Justice é lindo, um macho alpha que exala poder e
sensualidade, que fala com convicção, que está sempre sob controle de suas
emoções e vontades, e que comente o maior erro de todos, se apaixona por uma de
suas alunas.
Mas ai você me fala,
que clichê... NÃO, não é clichê, a autora conseguiu criar algo único. Ela
humanizou o personagem que tinha tudo para ser o Deus intocável. Justice tem defeitos, segredos, ele também apesar de todo conhecimento, possui sua insegurança e em
muitos momentos ao longo da trama vamos tendo pequenos vislumbres de sua
vulnerabilidade, mas nada que fique emocional ao extremo, chato, cansativo ou
repetitivo, é tudo colocado de maneira muito sutil. E ele segue mantendo a
linha poderosa. Além disso a trama é extremamente divertida, com cenas
hilárias, contata toda através da visão do próprio Justice. Então é maravilhoso
acompanhar ele se apaixonar e ter receio desse sentimento, do duelo que ele
cria contra si mesmo por não achar correto amar uma mulher casada, por ficar com
medo de ser rejeitado e... Vamos parar por aqui, porque se não vou contar a
obra inteira.
“Quando você passa a vida no escuro, olhando e desejando por algo melhor, algo mais brilhante, você não percebe o quão solitário você é. Não até que o sol brilhe, iluminando todos os espaços vazios e enchendo-os de calor bonito. Mas quando o sol abandona você, tudo parece mais escuro e mais frio do que antes. ”
Em minha opinião,
Justice foi o personagem que mais amadureceu e aprendeu ao longo da trama, exatamente
por ele ser o mestre, a pessoa com personalidade formada, com convicções
sólidas, ideias bem delimitadas e ver tudo isso se transformando e se moldando
em função de algo que ele acreditava não merecer ou ser digno... O amor.
Justamente por que os demais personagens estão ali exatamente para se
redescobrirem, para trazerem à tona algo que elas sabem em seu íntimo que
possuem, mas tem medo, receio ou vergonha demais para admitir a si mesmas.
“Você pode ser sexy. Você é sexy. Você só precisa acreditar nisso o suficiente para fazer o seu marido ver também.”
O que mais me
deslumbrou na obra, é que apesar de todo clima sensual da trama, o enredo em si
não foca no erotismo, ele vai além, ele nos apresenta um romance fofo do
protagonista, traz várias lições sobre se aceitar e estar bem com si mesmo,
que a sedução não se trata apenas te se ter o corpo perfeito, mas de se amar
como se é e aceitar isso, explorando suas qualidades e aprendendo a se agradar
e agradar ao seu parceiro. Aprendizados esses que podem e devem ser levados em consideração para nossa vida todos os dias, como mulher, esposa, mãe e futuras...
S.L.
JENNINGS foi brilhante ao escrever uma obra tão leve, revigorante, fluida e
muito divertida. Um romance na medida perfeita. E sábia ao deixar aquele
gostinho de quero mais, aquele ar de saudade e necessidade para que possamos
ficar na expectativa do próximo livro sem a sensação de que morreremos durante a
espera.
Parabéns a Editora
Charme pelo belo trabalho executado. A capa está linda, a diagramação simples e
muito bem-feita e as letras em tamanho maravilhoso para que ceguetas como eu, leiam sem problemas.
Mais que recomendado.
Mais que recomendado.
Até a próxima! Bye.

4 comentários
Sério que vc achou isto tudo? Eu espero que a autora escreva logo a continuação! Bjs
ResponderExcluirHummmm, gostei! Mas acho que só vou ler quando tiver continuação, sofro muito com essas coisas :/
ResponderExcluirJá ouvi tanta gente falando que não gostou, que perdi o tesão no moço... ops no moço não, no livro! :p
ResponderExcluirJá ouvi tanta gente falando que não gostou, que perdi o tesão no moço... ops no moço não, no livro! :p
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